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sexta-feira, novembro 10, 2006

ZDNet: "Por que a Microsoft não vai lançar um ataque contra o Linux"

“Todo este debate sobre o acordo entre a Novell e a Microsoft tem levado a opiniões extremas em todas as direções da bússola, e esta publicada hoje pela ZDNet é mais uma delas, tomando como certo que a Microsoft quer apenas participar ou manipular do mercado associado ao Linux e ao código aberto, e não atacar ou mesmo tentar extinguir o Linux, como acredita o pessoal do extremo oposto.

Mas a virtude e a verdade costumam estar mais próximas do ponto de equilíbrio, e não dos extremos. Então vale a pena dar uma olhada no ponto de vista do John Carrol na ZDNet, e ver as 3 razões principais pelas quais ele acredita que a Microsoft não vai iniciar um ataque jurídico contra o Linux.

Para resumir, coloco abaixo um extrato dos pontos identificados por ele em sua argumentação:

1. Patentes cortam dos 2 lados: a MS não é a única a ter armas para usar nesta batalha, e as empresas que estão do lado do Linux estão prontas a defendê-lo com seus próprios arsenais de patentes. E ninguém no mercado tem mais patentes que a IBM...

2. Reação negativa de longo prazo: depois de muito tempo, começou a haver uma participação maior das posições moderadas e pragmáticas nas comunidades associadas ao código aberto. Um ataque agora iria certamente levar estas pessoas para os extremos, eliminando as posições intermediárias.

3. Leis e regulamentos: um ataque monopolístico da Microsoft contra o Linux usando seu arsenal de patentes certamente iria ser visto com atenção pelos europeus que estão decidindo o que fazer com sua própria legislação de patentes de software, além de ser uma posição de risco também na legislação dos EUA.

O autor do artigo resume seus argumentos assim: o acordo com a Novell colocou a Microsoft em posição de vantagem nos mercados que interessam a ela. Iniciar um ataque baseado em patentes seria pior do que anular esta vantagem: iria transformá-la em desvantagem. Portanto, não acontecerá.

Eu também acho que não acontecerá, mas não sei se concordo com todo o raciocínio do John Carrol. Estou esperando para ver os próximos capítulos.”

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