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segunda-feira, novembro 20, 2006

Antenado, James Bond antecipa tendências tecnologicas


James Bond está de volta: “Cassino Royale”, o mais novo filme do agente secreto 007, estreou nesta sexta-feira (17) nos EUA e chega ao Brasil em 15 de dezembro. Para os fãs de tecnologia que se consideram antenados, o novo contato com o herói pode funcionar como um banho de água fria: o espião insiste em lembrá-los de que muitos itens da atual revolução tecnológica não passam de velharia.

Há décadas, por exemplo, o agente leva a sério conceitos bastante populares entre os geeks (fanáticos por tecnologia). Convergência e miniaturização de produtos são duas características mais do que comuns entre os apetrechos do galã. “Que emocionante, cabe no meu bolso”, ironiza Bond em “007 Contra a Chantagem Atômica” (1965), quando recebe um dispositivo para respirar debaixo d’água. Certamente, ele não se impressionaria 41 anos depois, ao prender o novo iPod shuffle em suas roupas.

“Os filmes do 007 sempre mostraram o supra-sumo da tecnologia, muitos anos antes dessas novidades se tornarem realidade”, afirma Marcus Vinicius Machado, presidente da comunidade on-line 007 Brasil. “Em 1963, o espião já utilizava uma espécie de pager e um telefone em seu próprio carro. Esses aparelhos só ganharam popularidade no Brasil em meados dos anos 90”, continua.

Machado reconhece, no entanto, que a realidade está cada vez mais próxima dos filmes de Bond. “Muitas das novidades apresentadas se tornam obsoletas em pouco tempo. Os produtores precisam se esforçar cada vez mais para impressionar o público com a invenção de novos equipamentos.” Um celular com diversas funções, por exemplo, ganhou destaque em “O Amanhã Nunca Morre” (1997) e, menos de dez anos depois, encabeça a lista de presentes de Natal dos brasileiros.

Cezar Taurion, gerente de novas tecnologias aplicadas da IBM, concorda que está cada vez mais difícil o exercício da futurologia (especulações sobre a evolução tecnológica). “As transformações vêm acontecendo em uma velocidade fantástica, que deve aumentar ainda mais nos próximos anos. Com a internet, milhões de pessoas em todo o mundo têm acesso a culturas diferentes e, com esse intercâmbio de informações, podem criar novidades sobre as quais nem sonhamos”, acredita.

O especialista afirma que sempre há pessoas pensando de maneira diferente, empenhadas em inventar e inovar. No entanto, a popularização dessas novidades depende muito da maneira como a sociedade se adapta ao que é apresentado – muitas vezes, as pessoas ainda não estão prontas para o novo. Isso mostra que, mesmo boquiabertos com os apetrechos de Bond, às vezes só resta sonhar. Ou você acha que não causaria transtornos ao sair por aí com um carro invisível, como o astro fez em “Um Novo Dia Para Morrer” (2002)?

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