Chips de carbono vão acelerar computadores
ilustração: Northwestern University |
Nanotubos: a separação pode viabilizar os chips |
SÃO PAULO - Uma nova técnica de classificação de nanotubos de carbono pode viabilizar a construção de computadores superpoderosos.
A nova técnica foi desenvolvida por uma equipe da Northwestern University, no estado americano de Illinois. Ela permite classificar os nanotubos em função do diâmetro e das propriedades elétricas. O trabalho foi divulgado num artigo na revista Nature Nanotechnology deste mês.
Quando os nanotubos são produzidos, um mesmo lote contém unidades de vários diâmetros. Além disso, filamentos condutores e semicondutores se misturam. Até agora, não se conhecia uma maneira prática de fazer a separação em escala industrial.
Os nanotubos semicondutores são adequados, por exemplo, para a construção de transistores. Já os condutores são a base das conexões elétricas internas do chip. Para que esse material seja empregado nos chips, é necessário separar os dois tipos de forma confiável.
O método desenvolvido na Northwestern University consiste em adicionar substâncias conhecidas como surfactantes aos nanotubos. Essas substâncias aderem de forma desigual aos filamentos dependendo das propriedades elétricas deles. O material é, então, centrifugado para que aconteça a separação.
Segundo os pesquisadores, é possível produzir um lote com 99% de nanotubos semicondutores ou condutores. Esse índice de pureza já é suficiente para o emprego dos nanotubos na fabricação de chips.
Uma das primeiras aplicações para os transistores de nanotubos poderá ser a construção de telas para televisores e monitores. Elas poderão ser mais baratas e exibir imagens melhores que as atuais telas de cristal líquido. Mas ainda deve demorar pelo menos cinco anos até esses produtos virarem realidade.
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