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domingo, novembro 12, 2006

Cuba é o único país latino-americano 'inimigo da internet'

Cuba é o único país latino-americano presente na lista dos 13 "inimigos da internet", publicada nesta segunda-feira pela organização de defesa da liberdade de imprensa RSF (Repórteres sem Fronteiras), que convocou para esta terça-feira, uma "cibermanifestação" para protestar contra a censura na rede.

Os 13 inimigos da internet são Arábia Saudita, Bielorrússia, Birmânia, China, Coréia do Norte, Cuba, Egito, Irã, Uzbequistão, Síria, Tunísia, Turcomenistão e Vietnã.

Segundo a RSF, Cuba é um dos países mais atrasados no desenvolvimento da internet e seu governo exerce um controle excessivo e uma censura sobre as informações que circulam na rede.

Em relatório recente, a organização considerou que em um país no qual "os meios de comunicação estão controlados pelo poder, impedir a circulação de informações independentes na internet se tornou uma prioridade".

A RSF considera que o governo cubano põe todos os meios a seu alcance para impedir que a rede seja utilizada de forma "contrária à revolução". Também lembra que o jornalista opositor cubano Guillermo Fariñas fez este ano uma longa greve de fome para exigir do governo que dê livre acesso à população.

Dos 24 jornalistas independentes cubanos ainda detidos em Cuba, há vários aos quais o regime de Fidel Castro reprova atividades vinculadas à internet, como Héctor Maseda Gutiérrez, Adolfo Fernández e Julio César Gálvez.

Com relação a 2005, três países foram retirados da lista de inimigos da internet: a Líbia, onde nenhum ciberdissidente está preso atualmente, Ilhas Maldivas e Nepal.

No entanto, o Egito apareceu na lista pois seu presidente, Hosni Mubarak, "mostra um autoritarismo particularmente preocupante no que diz respeito à internet", e três autores de 'blogs' foram detidos por se expressarem em suas páginas a favor de reformas democráticas no país, segundo a RSF.

Para terça e quarta-feira desta semana, a RSF convocou às 10h (horário local) uma cibermanifestação internacional na qual todos os internautas podem visitar a página da organização (www.rsf.org) para protestar contra "os depredadores" da liberdade de imprensa na internet.

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